terça-feira, 24 de novembro de 2009

A história da tribo urbana denominada "Emo"

http://pt.wikipedia.org/wiki/Emo
Emo ou Emocore (abreviação do inglês emotional hardcore) é um gênero de música derivado do hardcore punk. O termo foi originalmente dado às bandas do cenário punk de Washington, DC que compunham num lirismo mais emotivo que o habitual.
Origem
Existem várias versões que tentam explicar a origem do termo "emo", como a que um fã teria gritado "You´re emo!" (Você é emo!) para uma banda (os mitos variam bastante quanto a banda em questão, sendo provavelmente o Embrace ou o Rites of Spring).
No entanto, a versão mais aceita como real é a de que o nome foi criado por publicações alternativas como o fanzine Maximum RocknRoll e a revista de Skate Thrasher para descrever a nova geração de bandas de "hardcore emocional" que aparecia no meio dos anos 80, encabeçada por bandas da gravadora Dischord de Washington DC, como as já citadas Embrace e Rites of Spring, além de Gray Matter, Dag Nasty e Fire Party.
Nesta época, outras bandas já estabelecidas de hardcore punk, como 7 Seconds, Government Issue e Scream também aderiram à esta onda inicial do chamado "emocore", diminuindo o andamento, escrevendo letras mais introspectivas e acrescentando influências do rock alternativo de então.
É importante lembrar que nenhuma destas bandas jamais aceitou ou se auto-definiu através deste rótulo. A palavra "Emo" é vista como uma piada ou algo pejorativo e artificial.
O gênero (ou pelo menos o clássico estilo de Washington, o DC sound) primeiramente explorado por bandas como Faith, Rites of Spring e Embrace tem suas raízes no punk rock.
Evolução
O próximo passo na evolução do gênero veio em 1982 e durou até 1993 com as bandas Indian Summer, Moss Icon, Policy of Three, Still Life e Navio Forge. A dinâmica calmo/gritado ("quiet/loud") freqüentemente ouvida em bandas recentes tais como Saetia e Thursday tiveram suas raízes nestas bandas. No que diz respeito a voz, essas bandas intensificaram o estilo emocore. Muitas delas sempre fizeram uso de berros e gritos durante a apresentação, e motivo para muitos fãs de hardcore punk depreciarem os fãs de emo como "molengas"¹ ("wimps", "weaklings").
Assim como foi infundida uma nova intensidade para o emocore, o emotional hardcore levou essa intensidade a um nível extremo. A cena teve início entre 1991 e 1992 com as bandas Heroin, Portraits of Past e Antioch Arrow que tocavam um estilo caótico, com vocais abrasivos e passionais².
Após a supervalorização inicial da intensidade e da sonoridade caótica, o emotional hardcore sofreu um processo de "desacelaração". As bandas Sunny Day Real Estate e Mineral basearam seu estilo no Rites of Spring, outra banda do gênero emo.
Nota-se uma nova tendência emo em abandonar o punk rock distorcido em favor de calmos violões. Na cultura alternativa diz-se que alguém é ou está emo quando demonstra muita sensibilidade.
Chegada ao Brasil
No Brasil, o gênero se estabeleceu sob forte influência norte-americana em meados de 2003, na cidade de São Paulo, espalhando-se para outras capitais do Sul e do Sudeste, e influenciou também uma moda de adolescentes caracterizada não somente pela música, mas também pelo comportamento geralmente emotivo e tolerante, e também pelo visual, que consiste em geral em trajes pretos, trajes listrados, Mad Rats (sapatos parecidos com All-Stars), cabelos coloridos e franjas caídas sobre os olhos.
Existe também a categoria "Emo Fruits", que foi baseada numa moda do Japão, os conhecidos como J-Pops, de onde eles tiram referência de roupas e cabelos. São normalmente muito coloridos, usando várias estampas e cores fortes ao mesmo tempo.




http://www.brasilescola.com/sociologia/emo.htm

Este termo originalmente era utilizado para designar o estilo de música “emotional hardcore” dos anos 80 no cenário punk rock. No entanto, nenhuma banda mesmo aquelas que deram origem ao estilo, aceitam o rótulo de emo.

Esta palavra é ambígua, pois pode ser utilizada tanto como um rótulo que agrega bandas que emergem do cenário undergroud, quanto para definir a cultura alternativa onde uma pessoa demonstra muita sensibilidade.

O estilo emo se propagou pelo Brasil em 2003, sendo aderido em quase todo o país. Muitos jovens se identificam com a ideologia emo, outros apenas curtem a forma deles se vestirem. Assim como qualquer outro grupo social, os emos também são alvo de muito preconceito, principalmente pela parte conservadora da sociedade.

Para uma pessoa mais velha ver um rapaz com cabelos mais longos, com a franja caída no rosto, um lápis preto nos olhos e unhas pintadas de preto é algo muito estranho e, na maioria das vezes por não conhecer é que nasce o preconceito. Pois a sociedade sempre impôs parâmetros a serem seguidos por todos, se alguém foge a regra, é considerada uma pessoa anormal, vista como o “mal” da sociedade. Mas, antes de tudo deve-se ter respeito pelo outro, cada um é livre para escolher ser e fazer o que achar melhor. Lembrando sempre que “Meus direitos começam onde terminam os seus...”.

Do que eles gostam?

O emo dá preferência a roupas pretas, podendo utilizar peças de tom claro, porém em sua maioria são tons escuros. Maquiam os olhos com lápis preto, usam franjas caídas no rosto. Curtem um estilo musical que engloba o som pesado do punk rock com letras que falam do sentimento, emoções, etc., um bom exemplo são as bandas NXZero, Simple Plan, Blink 182, entre outras.


Por Eliene Percília
Equipe Brasil Escola.com





A velha polêmica sobre os emos. Agora na Globo
http://rafabarbosa.com/a-velha-polemica-sobre-os-emos-agora-na-globo/
July 5th, 2006 Author: rafabarbosa
“De longe, eles até parece punks. Usam muito preto. Das roupas aos olhos. É de perto que as diferenças aparecem. Por baixo dos casacos escuros, há camisetas infantis, saia quadriculado, bijuteria de bola. E tem as franjas. Longas, lisas e coloridas, jogadas na cara.”
Trecho da reportagem exibida pelo Jornal Hoje da Rede Globo.
O tema, os EMOS. A tribo dos Emos. Esse é um assunto que está em todo lugar. É a moda da vez entre os jovens. O problema é que a “moda EMO” foge completamente do propósito.
Emo não é um estilo de vida, e sim um estilo musical. O EmoCore, derivado do Hard Core, que por sua vez é um derivado do Punk. Mas como tudo que vira moda foge do seu princípio básico e idéia principal, a modinha EMO é isso que vemos hoje em dia. Jovens uniformizados, praticamente todos iguais, as franjinhas, as roupas, o cinto de rebite e outros acessórios.
Graças a força da mídia e a alienação desses mesmos jovens, temos hoje esse estilo EMO de ser. Jovens com depressão, ou como eles mesmos dizem: “Jovens que demonstram seus sentimentos”.
Mas que sentimentos são esses? Chorar porque a sua namorada não gosta mais de você? Chorar porque ela te traiu? Não é esse tipo de sentimento que eu vejo os “Emos” demonstrando por aí. O que eu vejo é um desfile de visual. Desfile de roupas de marcas adapatadas a um visual mais “punk”.
O que eu vejo é um bando de adolescentes de classe média/alta que por falta de atenção em casa, resolvem se agregar a um estilo, procurar uma identidade. Uma identidade ditada pela moda. Moda essa que estando na mídia, gera uma opinião distorcida da realidade sobre certo tema ou estilo.
As próprias bandas cujo estilo se diz “Emo”, não se consideram “Emo”. Isso é um reflexo do que está acontecendo hoje em dia. Estilos e moda, rótulos. Rótulos que são feitos pela mídia buscando novos espectadores. O jovem que consome essa mídia, buscando uma identidade, não se preocupa em saber a história do movimento, a história do Emo. Apenas colocam uma roupa coladinha, uma calça Jeans 2 números menor, fazem uma franjinha de lado e colocam um cinto de rebite e se dizem Emo.
Quando perguntados o tipo de som que eles escutam, ouve-se respostas como: “Simple Plan, Good Charlotte e My Chemical Romance”, bandas que não fazem um som emo, mas que segundo as revistas para Adolescentes, programas de TV e sites diversos são bandas EMOS.
Se perguntados, esses jovens “emos” não saberiam dizer o nome de nenhuma banda de emocore, a não aquelas que eles tem acesso pela mídia, e não as legítimas representantes do estilo.
Mas falar sobre isso não adianta muita coisa.
O que me fez escrever esse post, foi a matéria no Jornal Hoje. Em meio ao período de eleições, CPI’s e outras coias, perder 10 minutos de programação de um jornal para exibir esse tipo de reportagem é algo um tanto quanto “idiota”. Depois dessa reportagem, eu apenas confirmei o que eu já imaginava. Tele-jornais não são nada mais do que uma fonte de informação inútil.
A reportagem não fez nada além de confirmar o que a maioria das pessoas que tem um mínimo de noção já sabe. Emo é a moda da vez, o que está dando lucro. O que está fazendo sucesso. Mas qual será a próxima moda? A do verão que vem? Será que veremos esses garotos e garotas vestidos desse jeito? Acho que não. Eles apenas seguem a tendência que está no auge.
Querem ser iguais aos seus amigos, querem fazer parte de um grupo, ter uma “identidade” e se sentir parte de algo.
Na conversa, acabamos descobrindo que a mesma adolescente que prega a demonstração de todas as emoções, em casa, se fecha. “Eu sou a mais sentimental do grupo, mas para você eu não demonstro isso. É estranho demonstrar seus sentimentos para os pais”, fala para a mãe. “A gente tem que conversar, ficar mais próximo. Se tiver que me tornar da tribo dela, eu vou fazer para ficar mais próximo dela”, diz a mãe.”
É, é uma garota bastante emocional, se abre para os amigos, mas não se abre para a mãe. A instituição mais antiga que é a família nesse tipo de situação não conta nada. Os amigos são os melhores conselheiros que se pode ter nessa hora. Principalmente quando eles tem franjinha e escutam My Chemical Romance.
Mas quem sou pra falar alguma coisa. Sou apenas mais um jovem que é “anti-emo”, segundo eles mesmos. Minha opinião não vale nada, afinal. Se eu não estou na moda, eu não tenho opinião.

Nenhum comentário:

Postar um comentário